03 abril 2015
E assim caminha
a humanidade: quanto mais os anos passam, mais as exigências e as
responsabilidades tomam conta do nosso dia a dia. Para alguns, perdeu-se ou
está se perdendo a oportunidade de observar os hábitos de vida por conta da
rotina de trabalho que, na maior parte das vezes, tem sido puxada! Nas horas
vagas para alimentar-se e repor as energias, os pratos coloridos, isto é,
aqueles requintados com diversos tipos de legumes, verduras, tubérculos e
carnes (vermelha ou branca) foram trocados pelo consumo exacerbado de alimentos
industrializados e/ou “comida rápida” (fast-food).
Tudo isto com o objetivo de ganhar mais tempo e, consequentemente, mais “produtividade”
no trabalho. Mas... você já parou para observar como anda a sua saúde? Para ser
mais específico, como anda seus níveis de vitamina D?
De acordo com
algumas pesquisas, estima-se que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo têm deficiência
dessa vitamina no organismo. Uma alimentação saudável de um indivíduo (ainda
criança) rica em vitamina D o prevenirá de problemas futuros, sejam eles na
fase jovem, adulta ou idosa. Uma função principal das várias funções
importantíssimas da vitamina D, conhecida também como Calciferol, está em
realizar a absorção de cálcio nos ossos e nos dentes, além de regular o
metabolismo dos ossos. Outras funções estão em atuar no sistema imunológico
para proteger os órgãos vitais; manter as concentrações de fósforo e cálcio em
equilíbrio na corrente sanguínea; atuar no desenvolvimento e crescimento de
ossos e dentes (principalmente nas crianças) e na síntese de hormônios como a
serotonina e a dopamina, responsáveis por combater a depressão. Sua carência
(hipovitaminose) no organismo pode acarretar no desenvolvimento de diversas
doenças, sendo elas as mais comuns: raquitismo e osteomalácia. Outras pesquisas
indicaram que há uma relação da deficiência dessa vitamina no organismo com a
osteoporose precoce, e que a ingestão de alimentos ricos dessa vitamina no
decorrer da vida é uma maneira de prevenção. Outras doenças e problemas que
estão relacionados à falta de Calciferol (vitamina D) são: insuficiência renal,
insuficiência cardíaca e outros problemas cardiovasculares, hipertensão
arterial, diabetes melito, depressão, demência, mal de Alzheimer... Por outro
lado, o excesso (hipervitaminose) dessa vitamina torna-se prejudicial ao
organismo. Portanto, é ideal que se mantenha em níveis de 30 até 100 ng/mL no
organismo, pois representa a suficiência. Valores de 21 a 29 ng/mL representa a
insuficiência. E valores inferiores a 20 ng/mL informam a carência, sendo
necessária a sua reposição.
Os níveis de
vitamina D só podem ser descobertos com precisão através de exame de sangue. É
necessário o pedido feito pelo seu médico.
Meus níveis de
Calciferol (i.e. vitamina D) estão baixos, como devo fazer para repor? Abaixo
estão os métodos de obtenção mais comuns:
Banho de Sol:
Sabe aquela famosa frase que
basicamente a sua mãe/pai/avó(ô)/tio(a) já lhe disseram quando você era mais
jovem: “Saia de dentro de casa e vá pegar um sol pra fortalecer esses ossos!”?
Pois é, no fundo eles tinham um pouco de razão ao afirmarem isso. De acordo com
especialistas no assunto:
“A
principal fonte de vitamina D nos seres humanos é a epiderme. Os raios
ultravioleta convertem o 7 dehidrocolesterol – um derivado do colesterol que
está distribuído de forma generalizada na gordura animal – em pré-vitamina D3, que é isomerizada,
convertendo-se em vitamina D3. A ingestão oral também se constitui em fonte de
vitamina D2 e D3, mas isto representa menos de 20% do total necessário pelo
organismo.”
Portanto, não é
o banho de sol que fortalece os ossos, mas sim o processo de conversão,
realizado pelos raios UV ao incidirem na pele, do 7 dehidrocolesterol em pré-vitamina
D3, que isomerizada converte-se em vitamina D3. Depois de todo esse processo de
sintetização da vitamina D, esta circula na corrente sanguínea que banhará os
ossos e órgãos. Lembrando que de nada adianta ter quantidade suficiente de
vitamina D no organismo se você não tem uma ingestão adequada de cálcio, mas
também de nada adiantará ingerir alimentos ricos em cálcio se você não tiver,
em seu organismo, os níveis suficientes de vitamina D, pois é ela que realiza a
absorção de cálcio nos ossos.
Portadores de
doenças que impedem a sua exposição à luz solar como lúpus, xerodermia
pigmentosa, etc; ou pessoas que não possuem pigmentação na pele ou a possuem
parcialmente (albinismo), ou com predisposição a câncer de pele precisam obter
a vitamina D pela dieta e, também, através de suplementação medicamentosa.
Especialistas
também afirmam que o tempo de exposição aos raios UV dependerá do tom da pele:
quanto mais clara a pele for, menos tempo o indivíduo deve ficar no sol para
sintetizar a vitamina D. Contudo, foi estabelecido um parâmetro universal em
relação ao tempo de exposição à luz solar, cuja duração está em torno de 15 a
20 minutos SEM O USO DO PROTETOR SOLAR, a partir das 10 até às 15 horas do dia!
Essas e outras curiosidades podem ser lidas e ouvidas acessando a reportagem
especial no site da “Câmara dos Deputados”. Acesse para saber mais clicando em:
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/REPORTAGEM-ESPECIAL/456333-VITAMINA-D-TEMPO-IDEAL-DE-EXPOSICAO-AO-SOL-DEPENDE-DO-TOM-DE-PELE.html.
Você é uma
“máquina” sintetizadora de vitamina D e não sabia disso! Sem contar que é
através do banho de Sol que você consegue obtê-la em maior abundância comparado
à obtenção através da alimentação. E além de tudo: é um recurso NATURAL e
GRATUITO PARA TODOS!
Dieta:
Ter uma
alimentação com vitamina D é importante, porém, se não associá-la com o banho
de Sol será em vão e consequentemente não suprirá os níveis dessa vitamina no
organismo, visto que a obtenção dessa vitamina pela alimentação é quase
“pobre”. Mas não é por isso que você, depois de ter lido isso, desprezará o
método pela alimentação. De jeito nenhum! O método alimentar é uma
complementação! E caso o indivíduo esteja impedido de se expor à luz solar,
seja por uma doença, predisposição a câncer de pele ou a um distúrbio
congênito, este, além de obter pela alimentação, pode também obter através da
suplementação medicamentosa. Confira os alimentos que possuem vitamina D:
· Atum
· Carapaus
· Carne de frango (carne e vísceras)
· Carne de peru (carne e vísceras)
· Carne de porco (carne e vísceras)
· Carne de vitela, vaca, boi (carne e
vísceras)
· Cogumelos
· Iogurtes
· Leite
· Manteiga e margarina
· Queijos
· Óleo de fígado de bacalhau
· Óleo de salmão
· Ostras
· Ovos
· Salmão
· Sardinhas
CONCLUSÃO: A vitamina D (Calciferol) é tão importante quanto
você imagina! Deixo para você a seguinte frase: “O Sol nasce para todos, mas a
sombra é pra quem merece!”... Bem, não para quem está com os níveis de vitamina
D baixos! ;)
Artigo escrito por: Paulo
Trovisco, acadêmico em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (UERJ).
Este artigo tem caráter informativo e, por isso, não tem, de
hipótese alguma, o objetivo de substituir quaisquer conselhos médicos e de
outros profissionais do ramo da saúde!
REFERÊNCIAS:
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